Era uma vez um búfalo que era uma mulher, Iansã, a deusa dos ventos, dos raios e das tempestades.
Ela vivia na floresta onde moram os caçadores.
Um dia Ogum que é caçador e deus da guerra passeava ali e viu o búfalo se transformar em uma bela mulher que se vestia com muito gosto e usava uma espada e fazia raios caírem do céu. Imediatamente ele ficou apaixonado pela sua beleza.
Escondido atrás da arvore Ogum esperou Iansã sair, pegou sua roupa de búfalo, escondeu no fundo da sua casa.
Depois foi ate feira procurar a bela mulher.
E lá estava ela fritando e vendendo delicios acarajés.
Ogum nao teve duvida, era ela que ele queria como sua esposa.
Ficou o dia todo cortejando a linda mulher ao final da tarde, quando ela ja estava indo embora, lhe fez uma proposta de casamento.
Ela recusou, mas ele ameaçou contar o seu segredo, que ela era um búfalo! E disse que estava sobre pose de sua roupa e de búfalo e que iria devolver.
Vendo que não tinha outra escolha ela terminou aceitando o pedido de Ogum.
Ogum já tinha outra esposa, mas o que ele mais gostava era Iansã
As outras mulheres de ogum tinham ciúmes de Iansã.
Um dia, embriagaram Ogum para ele contar porque gostava mais de Iansã.
Ele então disse:
- Ela é um búfalo!
Quando Iansã chegou em casa , as mulheres começaram zombar dela que ela era um animal e sem quere contaram onde estava onde estava escondida sua roupa de búfalo.
Iansã furiosa, foi no fundo da casa pegou a roupa e transformou-se em búfalo e começou a chifrar as mulheres. Depois ela se transformou de novo em Iansã e entregou os seus chifres ao seus filhos dizendo:
- Quando precisar de mim batam os chifres que eu retornarei.
E foi , então , para floresta.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Candomblé herança da escravidão
No tempo da escravidão muitos negros foram caçados e trazidos da África para o nosso país. O cativeiro levou-os a se revoltarem contra os dominadores brancos. A mais importante dessas revoltas ocorreu em janeiro de 1835. Organizada por africanos de formação muçulmana - Os Malês - a rebelião foi dizimada pelas tropas do governo, com o apoio das classes dominantes baianas. Vendo que a união de um determinado grupo na mesma região da África causa problemas aos senhores, o governo desenvolveu a política de reunir em cada senzala negros de diversas etnias.
Neste momento histórico os negros vindo de diversas região da África com seus deuses, os orixás, se encontram unidos apenas pela condição do cativeiro. Contrariando todas as opressões sofridas, toda tentativa de disseminação da cultura, os negros lutaram e juntos nas senzalas conseguiram se unir surgindo assim o candomblé, que é a união de vários orixás em um determinado espaço, terreiro.
Dizem os mitos que no inicio dos tempos havia apenas um deus, um deus supremo que os afro-brasileiros chamam de Olorum, o dono do céu. Foi Olorum quem criou os deuses orixás e entregou a eles a criação do mundo. Assim um certo orixá cuida do raio, outro da chuva, outro do mar, das colheitas , do comercio, da justiça etc. Desde então Olorum não mais se intrometeu no que acontece na vida dos homens, preferindo deixar tudo nas mãos dos orixás.
Com o passar do tempo, a religião que eles criaram no Brasil foi deixando de ser uma religião só de descendentes africanos passando a ser uma religião de brasileiros. No candomblé, na umbanda e em outras religiões afro-brasileiras, os orixás passaram a ser cultuados por negros, brancos, amarelos e mestiços.
Durante as cerimônias nos terreiros, templos da religião dos orixás, os orixás se manifestam no corpo de seus filhos. Eles vêm para dançar junto com os humanos, para celebrar a união dos homens com seus deuses. As celebrações nos barracão, os toques, consistem numa seqüência de danças, em que, um por um, são honrados todos os orixás, sendo vestidos com roupas de cores específicas, usando nas mãos ferramentas e objetos particulares a cada um deles, expressando-se em gestos e passos que reproduzem simbolicamente cenas de suas biografias míticas. Essa seqüência de música e dança, sempre ao som dos tambores é designada Xirê, que em iorubá significa “vamos dançar”.
Hoje em dia um em cada cem brasileiros adora os orixás e freqüenta os terreiros para cultuá-los. Muitos outros, mesmo não fazendo parte da religião dos orixás, vão aos terreiros de candomblé em busca de ajuda e proteção dos deuses africanos.
Mais isso nem sempre foi assim houve uma época em que o candomblé uma religião proibida pela igreja católica, e perseguidas pelos poderes publicos , o candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. É agora uma das religiões principais estabelecidas na Bahia, com seguidores de todas as classes sociais e de milhares de templos. Na cidade do Salvador existem 1.138 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros.
No candomblé, cada terreiro tem plena autonomia administrativa, ritual e doutrinária, tudo depende das decisões pessoais da mãe ou pai-de-santo. O controle social exercido entre terreiros, no conjunto geral do chamado povo-de-santo, se faz por redes informais de comunicação, em que a fofoca ocupa lugar privilegiado, sem que a independência do sacerdote-chefe de terreiro, contudo, sofra realmente qualquer limitação eficaz. Assim, cada comunidade de culto é livre para experimentar inovações ou retornar as formas anteriores, incorporando práticas que para outros da mesma religião podem não fazer o menor sentido.
O lado público do candomblé é visto por alguns como festivo, bonito, esplendoroso, mágico. Os orixás do Candomblé, os rituais, os terreiros, e as festas agora são vistos como uma parte integrante da cultura local e parte do folclore brasileiro. Por um lado podemos considerar esse fato como positivo, pois fortifica e fortalece a religião que já não mais poder ser perseguida. Por outro lado essa visibilidade o candomblé acaba , sendo confundido com manifestação folclórica ou forma de arrecadar dinheiro por quem anda faturando com visitas a terreiros.
Neste momento histórico os negros vindo de diversas região da África com seus deuses, os orixás, se encontram unidos apenas pela condição do cativeiro. Contrariando todas as opressões sofridas, toda tentativa de disseminação da cultura, os negros lutaram e juntos nas senzalas conseguiram se unir surgindo assim o candomblé, que é a união de vários orixás em um determinado espaço, terreiro.
Dizem os mitos que no inicio dos tempos havia apenas um deus, um deus supremo que os afro-brasileiros chamam de Olorum, o dono do céu. Foi Olorum quem criou os deuses orixás e entregou a eles a criação do mundo. Assim um certo orixá cuida do raio, outro da chuva, outro do mar, das colheitas , do comercio, da justiça etc. Desde então Olorum não mais se intrometeu no que acontece na vida dos homens, preferindo deixar tudo nas mãos dos orixás.
Com o passar do tempo, a religião que eles criaram no Brasil foi deixando de ser uma religião só de descendentes africanos passando a ser uma religião de brasileiros. No candomblé, na umbanda e em outras religiões afro-brasileiras, os orixás passaram a ser cultuados por negros, brancos, amarelos e mestiços.
Durante as cerimônias nos terreiros, templos da religião dos orixás, os orixás se manifestam no corpo de seus filhos. Eles vêm para dançar junto com os humanos, para celebrar a união dos homens com seus deuses. As celebrações nos barracão, os toques, consistem numa seqüência de danças, em que, um por um, são honrados todos os orixás, sendo vestidos com roupas de cores específicas, usando nas mãos ferramentas e objetos particulares a cada um deles, expressando-se em gestos e passos que reproduzem simbolicamente cenas de suas biografias míticas. Essa seqüência de música e dança, sempre ao som dos tambores é designada Xirê, que em iorubá significa “vamos dançar”.
Hoje em dia um em cada cem brasileiros adora os orixás e freqüenta os terreiros para cultuá-los. Muitos outros, mesmo não fazendo parte da religião dos orixás, vão aos terreiros de candomblé em busca de ajuda e proteção dos deuses africanos.
Mais isso nem sempre foi assim houve uma época em que o candomblé uma religião proibida pela igreja católica, e perseguidas pelos poderes publicos , o candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. É agora uma das religiões principais estabelecidas na Bahia, com seguidores de todas as classes sociais e de milhares de templos. Na cidade do Salvador existem 1.138 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros.
No candomblé, cada terreiro tem plena autonomia administrativa, ritual e doutrinária, tudo depende das decisões pessoais da mãe ou pai-de-santo. O controle social exercido entre terreiros, no conjunto geral do chamado povo-de-santo, se faz por redes informais de comunicação, em que a fofoca ocupa lugar privilegiado, sem que a independência do sacerdote-chefe de terreiro, contudo, sofra realmente qualquer limitação eficaz. Assim, cada comunidade de culto é livre para experimentar inovações ou retornar as formas anteriores, incorporando práticas que para outros da mesma religião podem não fazer o menor sentido.
O lado público do candomblé é visto por alguns como festivo, bonito, esplendoroso, mágico. Os orixás do Candomblé, os rituais, os terreiros, e as festas agora são vistos como uma parte integrante da cultura local e parte do folclore brasileiro. Por um lado podemos considerar esse fato como positivo, pois fortifica e fortalece a religião que já não mais poder ser perseguida. Por outro lado essa visibilidade o candomblé acaba , sendo confundido com manifestação folclórica ou forma de arrecadar dinheiro por quem anda faturando com visitas a terreiros.
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